Durante os meses mais frios do ano, é comum que muitas pessoas busquem maneiras de se aquecer e encontrar conforto dentro de casa. Entre as práticas mais recorrentes está o hábito de tomar banhos longos e quentes, especialmente ao final do dia. No entanto, especialistas em Dermatologia alertam para os riscos que esse costume pode trazer à saúde da pele, principalmente durante o inverno.
O desejo de aliviar o frio com água em altas temperaturas pode parecer inofensivo, mas essa escolha pode prejudicar a barreira natural da pele. Além disso, outros comportamentos típicos dessa estação, como o uso direto de fontes de calor sobre o corpo, também merecem atenção para evitar irritações e danos cutâneos.
Por que banhos muito quentes no inverno podem ser prejudiciais?
Banhos com água muito quente são frequentemente associados a uma sensação de relaxamento e bem-estar. No entanto, a exposição prolongada à água em temperaturas elevadas remove os lipídios naturais que formam a camada protetora da pele. Sem essa proteção, a pele tende a ficar mais seca, sensível e propensa a descamações e coceiras.
Além disso, o uso de esponjas abrasivas e sabonetes agressivos durante o banho potencializa a remoção desses lipídios, tornando a pele ainda mais vulnerável. O ressecamento é um dos principais problemas relatados por dermatologistas durante o inverno, e pode ser agravado por hábitos inadequados na rotina de higiene.
O que nunca se deve fazer ao tomar banho no inverno?
Segundo especialistas, há práticas que devem ser evitadas para manter a saúde da pele durante o inverno. Entre elas, destacam-se:
- Evitar banhos muito quentes e demorados: O ideal é optar por água morna e limitar o tempo do banho a poucos minutos.
- Não esfregar a pele com força: O uso de esponjas ou buchas deve ser suave, evitando lesões e a retirada excessiva da camada protetora.
- Reduzir o uso de sabonetes agressivos: Prefira produtos de limpeza suaves e específicos para peles sensíveis.
Essas recomendações ajudam a preservar a hidratação natural da pele e a evitar desconfortos comuns nos dias frios.
Quais cuidados podem proteger a pele do frio além do banho?
Além dos cuidados durante o banho, é importante estar atento a outros hábitos que podem impactar a saúde cutânea no inverno. O uso de mantas térmicas, bolsas de água quente ou aquecedores deve ser feito com cautela. O contato direto desses itens com a pele pode causar irritações e até queimaduras. Por isso, recomenda-se sempre interpor uma camada de tecido, como uma roupa ou lençol, entre a fonte de calor e o corpo.
Outro ponto relevante é a hidratação. Após o banho, a aplicação de cremes hidratantes ajuda a restaurar a barreira cutânea e a prevenir o ressecamento. Produtos à base de ureia, glicerina ou ceramidas são indicados para manter a pele macia e protegida durante o inverno. Além disso, é recomendado aumentar a ingestão de água, mesmo que a sensação de sede seja menor em dias frios, para ajudar a hidratar o corpo de dentro para fora. Vale lembrar que a escolha do hidratante pode variar de acordo com a orientação de um dermatologista, especialmente para quem possui doenças de pele como dermatite atópica.
O uso de protetor solar é necessário mesmo nos dias frios?
Muitas pessoas associam o uso do protetor solar apenas ao verão, mas a proteção contra os raios ultravioleta deve ser mantida durante todo o ano. Mesmo em dias nublados ou frios, a radiação UV pode atravessar as nuvens e causar danos à pele. A recomendação dos dermatologistas é aplicar o filtro solar diariamente em áreas expostas, como rosto, pescoço e mãos.
Manter uma rotina de cuidados que inclua proteção solar, hidratação adequada e banhos moderados é fundamental para garantir a saúde da pele durante o inverno. Essas medidas simples ajudam a evitar problemas como ressecamento, irritações e envelhecimento precoce, proporcionando bem-estar e conforto mesmo nos dias mais frios.
