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A cirurgia facial que virou moda entre famosas agora levanta alertas entre profissionais

A busca por procedimentos estéticos faciais tem crescido de forma significativa nos últimos anos, e a bichectomia se destaca entre as opções mais procuradas. Realizada para remover as chamadas bolas de Bichat, essa cirurgia tem como objetivo afinar o rosto e, em alguns casos, aliviar desconfortos causados pelo excesso de tecido na região das bochechas. Apesar de ser considerada uma intervenção de baixa complexidade, é fundamental conhecer os possíveis riscos associados à bichectomia antes de tomar qualquer decisão.

O procedimento ganhou notoriedade após ser adotado por diversas personalidades públicas, como Kim Kardashian e Angelina Jolie, o que contribuiu para o aumento da demanda em clínicas e consultórios por todo o Brasil e outros países. Entretanto, a popularização não elimina a necessidade de cautela. Informar-se sobre os detalhes da cirurgia, os cuidados necessários e os possíveis efeitos colaterais é essencial para garantir a segurança e a saúde do paciente.

O que é a bichectomia e como ela é realizada?

A bichectomia consiste na retirada parcial ou total das bolsas de gordura localizadas nas bochechas, conhecidas como bolas de Bichat. Essas estruturas, presentes em todos os indivíduos, têm papel importante durante a infância, especialmente no processo de amamentação. Na fase adulta, porém, sua função se torna menos relevante, o que permite a remoção sem grandes prejuízos funcionais.

O procedimento é feito por meio de uma pequena incisão na parte interna da boca, geralmente sob anestesia local. O tempo médio da cirurgia varia entre 40 minutos e uma hora, e não costuma deixar cicatrizes visíveis. A escolha do profissional habilitado é um dos fatores mais importantes para evitar complicações, já que a região das bochechas possui nervos e vasos sanguíneos delicados. Em casos mais específicos, pode-se optar por anestesia geral, especialmente quando associada a outros procedimentos faciais.

A cirurgia facial que virou moda entre famosas agora levanta alertas entre profissionais
Angelina Jolie – Créditos: depositphotos.com / PopularImages

Quais são os principais riscos da bichectomia?

Embora a bichectomia seja considerada segura quando realizada por especialistas, existem riscos que devem ser avaliados. Entre os principais, destacam-se:

  • Lesão de nervos faciais: A proximidade das bolas de Bichat com ramos do nervo facial pode resultar em danos temporários ou permanentes, afetando movimentos e expressões do rosto.
  • Comprometimento do ducto parotídeo: Esse canal é responsável pelo transporte de saliva, e sua lesão pode causar inchaço, infecções e necessidade de intervenções adicionais.
  • Hematomas e infecções: Como em qualquer cirurgia, há risco de sangramento, acúmulo de sangue e infecção no local operado.
  • Assimetria facial: A retirada desigual das bolsas pode resultar em diferenças perceptíveis entre os lados do rosto.
  • Envelhecimento precoce: A redução do volume facial pode acentuar a flacidez e dar aparência mais envelhecida com o passar dos anos.

Além desses, pode haver riscos como reações adversas aos anestésicos, formação de nódulos e alterações sensoriais temporárias. Esses riscos reforçam a importância de uma avaliação criteriosa antes da realização da bichectomia, considerando tanto aspectos estéticos quanto funcionais. Um estudo recente apresentado no Congresso Internacional de Cirurgia Plástica mostrou que a incidência de complicações pode ser reduzida com técnicas atualizadas e uso de equipamentos modernos.

Como minimizar os riscos da cirurgia de bichectomia?

Para reduzir as chances de complicações, alguns cuidados são indispensáveis. A escolha de um cirurgião dentista ou médico especializado, com experiência comprovada em procedimentos faciais, é o primeiro passo. Além disso, a estrutura da clínica e o uso de equipamentos adequados contribuem para a segurança do paciente.

  1. Realizar exames pré-operatórios para avaliar a saúde geral e identificar possíveis contraindicações.
  2. Seguir rigorosamente as orientações do profissional sobre jejum, uso de medicamentos e cuidados com a higiene bucal.
  3. Adotar uma alimentação leve e evitar esforços físicos nos primeiros dias após a cirurgia.
  4. Utilizar compressas frias para controlar o inchaço e tomar os medicamentos prescritos para prevenir infecções e desconfortos.
  5. Comparecer às consultas de acompanhamento para monitorar a recuperação e detectar eventuais problemas precocemente.

Essas medidas, aliadas à escolha de um profissional qualificado, são fundamentais para garantir um pós-operatório tranquilo e resultados satisfatórios. Além disso, conversar sobre os objetivos e expectativas com o profissional ajuda a alinhar os resultados possíveis e evitar frustrações futuras.

A cirurgia facial que virou moda entre famosas agora levanta alertas entre profissionais
procedimentos – Créditos: depositphotos.com / VitalikRadko

A bichectomia pode causar flacidez ou outros efeitos a longo prazo?

Uma das dúvidas mais frequentes entre os interessados na bichectomia é sobre o impacto do procedimento no envelhecimento facial. A retirada das bolsas de gordura pode, de fato, contribuir para a perda de sustentação da pele ao longo dos anos, especialmente em pessoas com pouca estrutura óssea ou predisposição à flacidez. Por isso, a indicação da cirurgia deve ser individualizada, levando em conta as características anatômicas e os objetivos de cada paciente.

Além disso, é importante considerar que a bichectomia não é reversível. Uma vez removido o tecido adiposo, não há como restaurá-lo de forma natural. Portanto, a decisão deve ser tomada com cautela, após esclarecimento de todas as dúvidas e análise dos possíveis benefícios e riscos. Em alguns casos, profissionais recomendam tratamentos combinados, como o uso de bioestimuladores de colágeno, para minimizar possíveis indesejáveis a longo prazo.

Quais cuidados são necessários após a bichectomia?

O período de recuperação costuma ser rápido, mas exige atenção a algumas recomendações para evitar complicações. Nos primeiros dias, é indicado manter repouso, evitar exposição ao sol e priorizar alimentos líquidos ou pastosos. A higiene bucal deve ser redobrada para prevenir infecções, e atividades físicas intensas devem ser suspensas temporariamente.

O acompanhamento profissional é essencial para avaliar a cicatrização e orientar sobre o retorno às atividades habituais. Em geral, a maioria dos pacientes pode retomar a rotina em até uma semana, desde que não haja intercorrências. Casos de dor prolongada, sangramentos ou sinais de infecção devem ser comunicados imediatamente ao especialista para intervenção precoce.

Em resumo, a bichectomia pode proporcionar mudanças estéticas significativas, mas envolve riscos que precisam ser considerados com responsabilidade. O diálogo aberto com um especialista e o respeito às orientações são passos essenciais para garantir segurança e bons resultados.

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