Com a chegada do inverno, cresce a procura por alternativas para manter a casa aquecida, e a estufa a gás aparece como uma das opções mais utilizadas por famílias em todo o Brasil. Seu funcionamento simples, aliado ao custo relativamente baixo em comparação a outros sistemas, faz deste aparelho uma escolha recorrente nos meses mais frios. Contudo, há riscos associados ao uso inadequado deste tipo de aquecedor, especialmente no que diz respeito à segurança e à saúde dos moradores.
O monóxido de carbono é uma ameaça silenciosa presente nas residências que utilizam estufa a gás para aquecimento. Invisível e sem odor, esse gás pode se acumular em ambientes mal ventilados e provocar intoxicações graves, muitas vezes sem que haja tempo suficiente para uma intervenção. Diversos órgãos de controle alertam anualmente sobre acidentes relacionados ao uso impróprio desses aparelhos, enfatizando a importância de manter práticas seguras dentro de casa.
Quais são os principais perigos ao usar uma estufa a gás?
A expressão estufa a gás engloba diferentes modelos de aquecedores residenciais que funcionam com gás de cozinha (GLP) ou gás natural. Os riscos mais comuns estão ligados à instalação, manutenção e operação inadequadas, que podem resultar tanto em vazamentos quanto na produção excessiva de monóxido de carbono. Entre os incidentes relatados, destacam-se quadros de intoxicação, explosões e incêndios domésticos.
Prevenir tais situações começa pela compreensão dos perigos e pelo respeito às normas de segurança recomendadas por especialistas. O uso consciente e o acompanhamento técnico regular são fundamentais para evitar acidentes e garantir que o aquecimento da residência não comprometa a saúde de seus ocupantes.

O que evitar ao usar uma estufa a gás no inverno?
Durante os meses mais frios, é comum o aumento dos relatos de acidentes envolvendo estufa a gás, muitas vezes causados por práticas cotidianas que deveriam ser evitadas. Veja os principais erros que colocam em risco a segurança doméstica:
- Utilizar a estufa em ambientes fechados: Manter janelas e portas totalmente fechadas impede a renovação do ar e aumenta as chances de acúmulo de gases tóxicos. A orientação é garantir sempre uma entrada mínima de ar, mesmo em locais muito frios.
- Manter a estufa acesa enquanto dorme: Dormir com o aquecedor ligado sem ventilação adequada amplia o risco de intoxicação silenciosa, já que o monóxido de carbono não pode ser percebido facilmente.
- Obstruir as saídas de ventilação: Rejillas e aberturas obrigatórias não devem ser bloqueadas, mesmo que haja perda de calor. Estas estruturas são essenciais para evitar a concentração de gases.
- Usar mangueiras vencidas ou danificadas: O estado de conservação dos componentes deve ser verificado periodicamente, já que mangueiras antigas podem apresentar rachaduras ou fissuras responsáveis por vazamentos.
- Acender o aparelho de maneira inadequada: Quando houver suspeita de vazamento, não se deve utilizar fósforos ou esqueiros. O ambiente precisa ser ventilado imediatamente, e a verificação do aparelho precisa ser feita por um profissional qualificado.
- Dispensar a manutenção profissional: A cada início de temporada de frio, a revisão por um gasista credenciado é indispensável para checar todos os mecanismos do aparelho.
Como identificar e agir em caso de intoxicação por monóxido de carbono?
Os sintomas de intoxicação por monóxido de carbono podem se manifestar de diversas formas, dificultando o diagnóstico imediato. Entre os sinais mais frequentes estão dor de cabeça súbita, tonturas, náuseas, sensação de fraqueza e sonolência fora do comum. Caso algum morador apresente esses sintomas durante o uso da estufa a gás, é recomendável:
- Desligar imediatamente todos os aparelhos a gás e abrir portas e janelas para ventilar o local.
- Retirar as pessoas do ambiente afetado para um local arejado e seguro.
- Buscar atendimento médico de urgência para avaliação e tratamento dos sintomas.
- Solicitar uma inspeção no sistema de aquecimento feita por um técnico qualificado antes de voltar a utilizar a estufa.

Estufas sem saída para o exterior são seguras?
Muitas residências optam por modelos de estufa a gás que não possuem escape de gases direto para o lado de fora da casa. Embora possam parecer práticas, essas variantes apresentam riscos maiores para quem as utiliza em ambientes fechados, especialmente em quartos. A recomendação é privilegiar aparelhos com tiro balanceado, que eliminam o monóxido de carbono para o exterior. Na ausência desta opção, sistemas de aquecimento elétrico costumam ser indicados para áreas onde se dorme.
Adotar cuidados reforçados no uso de estufa a gás é essencial para garantir segurança e tranquilidade nos dias frios. A manutenção regular, o uso em locais ventilados e a substituição periódica de peças são atitudes indispensáveis para desfrutar do aquecimento residencial sem exposição a perigos silenciosos. Estar atento aos sinais e às orientações de profissionais qualificados pode evitar acidentes e salvar vidas. Além disso, algumas cidades brasileiras já exigem por lei a instalação de detectores de monóxido de carbono em ambientes residenciais que utilizam estufa a gás, aumentando a segurança doméstica.
