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A planta que alivia cólicas, melhora o sono e ainda perfuma a cozinha

O funcho, também conhecido pelo nome científico Foeniculum vulgare, destaca-se por seu amplo uso na medicina tradicional e na gastronomia, especialmente em países que margeiam o Mediterrâneo. Com aroma marcante e sabor suave, o funcho é valorizado tanto por suas propriedades terapêuticas quanto pelos benefícios à saúde digestiva. No Brasil, o cultivo dessa planta se intensificou, principalmente devido à facilidade de adaptação a diferentes tipos de solo e clima. Além disso, sua rusticidade faz com que seja uma escolha frequente em hortas urbanas e comunitárias.

Considerada uma espécie versátil, o funcho pode alcançar alturas variáveis, de acordo com as condições de cultivo e clima local. Enquanto em solo brasileiro tende a atingir um metro, exemplares europeus ultrapassam facilmente dois metros. Consumido em diversas formas, como chá, condimento ou hortaliça, o funcho tornou-se presença recorrente em receitas e tratamentos naturais, ganhando destaque em virtude de seus óleos essenciais e do potencial para auxiliar na prevenção de doenças. Seu uso também está difundido na fabricação de produtos farmacêuticos e cosméticos graças ao aroma característico e propriedades benéficas.

Qual é a origem do funcho e como ele se popularizou?

Originário da bacia do Mediterrâneo, o funcho atravessou séculos de história, sendo cultivado por diferentes civilizações. Povos antigos empregavam essa erva tanto para fins culinários quanto medicinais, associando seu consumo à melhora da digestão e ao alívio de desconfortos gastrointestinais. Com a evolução das práticas científicas, muitas das crenças populares foram posteriormente validadas, reforçando o papel do funcho na fitoterapia moderna.

A disseminação do funcho ocorreu principalmente devido ao intenso intercâmbio cultural entre as nações europeias e a necessidade de preservar práticas tradicionais nos territórios colonizados. Assim, a planta chegou à América do Sul, onde rapidamente se adaptou, conquistando produtores e consumidores. Ao longo do tempo, usos como o aromatizante de bebidas e pratos típicos consolidaram ainda mais a presença do funcho na rotina alimentar.

A planta que alivia cólicas, melhora o sono e ainda perfuma a cozinha
funcho em fundo branco – Créditos: depositphotos.com / Antonio-S

Para que serve o funcho?

O funcho é conhecido por seu efeito positivo no aparelho digestivo, sendo frequentemente utilizado em chás que visam combater cólicas, gases e desconfortos intestinais. Além disso, esse vegetal apresenta uma característica galactagoga, ou seja, auxilia na produção de leite materno, benefício reconhecido tanto na medicina humana quanto veterinária. Na culinária, tanto o pseudobulbo quanto as folhas podem ser consumidos crus ou cozidos, integrando saladas e pratos quentes.

Outro aspecto importante é o aproveitamento das sementes, que servem como base para a extração de óleos essenciais e como tempero para diversos alimentos, desde bolos até carnes. Nos últimos anos, pesquisas científicas ampliaram o interesse por propriedades como a ação anti-inflamatória e antisséptica, potencializando o uso de compressas ou gargarejos preparadas a partir das sementes maceradas.

Quais são os principais benefícios do funcho para a saúde?

Muitos dos benefícios atribuídos ao funcho estão ligados à sua atuação sobre o sistema digestivo. O consumo regular do chá, seja como forma preventiva, seja em momentos de crise, pode contribuir para a redução de cólicas e o alívio da má digestão, problemas comuns que afetam uma parcela significativa da população. Além disso, as substâncias presentes nas sementes demonstram uma relevante ação relaxante sobre a musculatura do trato gastrointestinal.

  • Ação digestiva: Reduz gases, distensão abdominal e auxilia no funcionamento intestinal.
  • Propriedade galactagoga: Estimula a produção de leite em lactantes.
  • Poder anti-inflamatório: Utilizado em compressas para tratar furúnculos e inflamações cutâneas.
  • Efeito antisséptico: Empregado em bochechos e gargarejos para aliviar sintomas de infecções na boca e garganta.

Além desses pontos, o funcho é considerado uma planta de fácil cultivo, podendo ser incluída em pequenos jardins ou hortas caseiras. A rusticidade e resistência favorecem sua disseminação, tornando-o acessível em diversas regiões do país. O consumo regular, aliado a hábitos saudáveis, pode potencializar sua eficácia e garantir bons resultados para a saúde.

xícara de chá de funcho com fruto ao lado – Créditos: depositphotos.com / Colour

Como diferenciar funcho e erva-doce?

A distinção entre funcho e erva-doce ainda gera dúvidas, pois ambas pertencem à mesma família botânica, Apiáceas, e apresentam aromas semelhantes. Entretanto, é importante ressaltar que se tratam de espécies diferentes: enquanto o funcho é o Foeniculum vulgare, a erva-doce corresponde ao Pimpinella anisum. Alguns fatores ajudam a identificar cada uma:

  1. Tipo de semente: O funcho possui sementes maiores e mais aromáticas.
  2. Origem: No Brasil, o funcho é cultivado em larga escala, já a erva-doce é, em sua maioria, importada.
  3. Aplicação culinária: O funcho é utilizado como hortaliça e condimento; a erva-doce, como especiaria especialmente em doces.

A escolha entre essas plantas depende do objetivo de uso, seja na culinária, seja em infusões e remédios caseiros. A identificação correta garante o aproveitamento máximo das propriedades de cada uma, promovendo saúde e bem-estar de maneira prática, acessível e segura.

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funcho seco em colher e espalhado – Créditos: depositphotos.com / rakshashelare
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