A pele ao redor dos olhos é reconhecida por sua delicadeza e sensibilidade, tornando-se uma das áreas mais propensas a alterações visíveis, como as olheiras. O escurecimento dessa região, conhecido como hiperpigmentação periorbital, é um fenômeno frequente que pode afetar pessoas de diferentes idades e tons de pele. Diversos fatores contribuem para o surgimento dessas marcas, que muitas vezes motivam a busca por soluções estéticas e tratamentos específicos.
Entre as causas mais comuns das olheiras estão noites mal dormidas, predisposição genética, exposição solar e até mesmo algumas condições de saúde. Apesar da popularidade de procedimentos para disfarçar ou amenizar essas marcas, é importante compreender que nem todas as intervenções oferecem resultados duradouros ou são isentas de riscos. Por isso, o conhecimento sobre o tema é fundamental para quem deseja cuidar da aparência sem comprometer a saúde da pele.
O que são olheiras e por que elas aparecem?
As olheiras são caracterizadas pelo escurecimento da pele na região inferior dos olhos, podendo apresentar coloração arroxeada, acastanhada ou azulada. Esse fenômeno pode ser classificado em diferentes tipos, de acordo com sua origem:
- Olheiras vasculares: Relacionadas à má circulação sanguínea, são comuns após noites de sono insuficiente ou em pessoas com pele fina, onde os vasos sanguíneos ficam mais evidentes.
- Olheiras pigmentares: Resultam do acúmulo de pigmentos como melanina, sendo influenciadas por fatores genéticos e exposição solar.
- Olheiras profundas: Decorrentes da anatomia facial, ocorrem quando há sulcos ou bolsas sob os olhos, criando sombras que intensificam o aspecto escurecido.
Além dessas causas, o envelhecimento, doenças respiratórias, tabagismo e até alergias podem contribuir para o surgimento das olheiras. Em alguns casos, condições como dermatite atópica e dermatomiosite também estão associadas ao problema. Vale destacar que o estresse e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas podem acentuar o quadro, agravando ainda mais a aparência das olheiras. Estudos recentes sugerem que fatores ambientais em cidades muito poluídas, como São Paulo e Rio de Janeiro, também podem influenciar no agravamento das olheiras devido à exposição contínua a poluentes atmosféricos.

Quais são os riscos de procedimentos para tratar olheiras?
O desejo de eliminar ou suavizar as olheiras leva muitas pessoas a recorrerem a procedimentos estéticos variados. Entre as opções mais procuradas estão cremes despigmentantes, peelings, luz pulsada, preenchimento com ácido hialurônico e toxina botulínica. No entanto, é fundamental destacar que a região dos olhos exige cuidados redobrados devido à sua sensibilidade.
Procedimentos inadequados ou realizados sem orientação profissional podem causar complicações, como inchaço, alterações na coloração da pele, obstrução do canal lacrimal e reações alérgicas. O uso de substâncias permanentes, como PMMA ou tatuagens, não é recomendado, pois pode resultar em diferenças de tonalidade e efeitos adversos difíceis de reverter. Mesmo tratamentos considerados seguros, como o ácido hialurônico, apresentam riscos e devem ser realizados apenas por profissionais habilitados. Além disso, há o risco de formação de granulomas, infecções e deformidades em casos de intervenções mal executadas, reforçando a importância de buscar profissionais qualificados. Em 2023, cresceu o número de notificações de complicações por intervenções realizadas em locais não especializados, reforçando a necessidade de se informar antes de qualquer decisão.
Como prevenir e amenizar olheiras de modo seguro?
Embora nem sempre seja possível evitar completamente o surgimento das olheiras, algumas medidas podem ajudar a reduzir seu impacto e melhorar a aparência da pele ao redor dos olhos. Entre as principais recomendações estão:
- Manter uma rotina de sono adequada: Dormir bem contribui para a circulação sanguínea e evita o escurecimento da região.
- Proteger a pele do sol: O uso diário de protetor solar ajuda a prevenir o acúmulo de pigmentos e o envelhecimento precoce.
- Evitar fricção excessiva: Esfregar os olhos pode agravar a hiperpigmentação e irritar a pele sensível.
- Adotar hábitos saudáveis: Alimentação equilibrada, hidratação e abandono do tabagismo são aliados na saúde da pele.
- Consultar um dermatologista: A avaliação profissional é essencial para identificar a causa das olheiras e indicar o tratamento mais adequado.
Além dessas orientações, é importante desconfiar de receitas caseiras ou produtos sem comprovação científica, pois podem agravar o problema ou causar reações indesejadas. Compressas frias e cosméticos específicos para a área dos olhos, prescritos por dermatologistas, também podem auxiliar na redução do inchaço e do escurecimento, proporcionando alívio temporário e segurança ao paciente. Vale lembrar que plataformas como Instagram e TikTok frequentemente popularizam tendências de beleza sem embasamento científico, reforçando a necessidade de consulta a fontes confiáveis.

Quando procurar ajuda especializada para olheiras?
Em situações em que as olheiras se tornam persistentes, intensas ou associadas a outros sintomas, a busca por avaliação médica é recomendada. O dermatologista pode realizar um diagnóstico preciso, identificar possíveis causas subjacentes e orientar sobre as melhores opções de tratamento. O acompanhamento profissional é fundamental para garantir a segurança e a eficácia das intervenções, especialmente em uma área tão delicada quanto a dos olhos.
O cuidado com a região dos olhos deve ser constante e informado, considerando tanto fatores estéticos quanto de saúde. Conhecer as causas, riscos e alternativas seguras para tratar as olheiras é o primeiro passo para manter a pele saudável e evitar complicações futuras.